O dia 28 de Maio assinala, a nível internacional, o dia Internacional pela Saúde da Mulher.
Este dia, criado em 1987 tem como objetivo chamar a atenção e promover a consciencialização da sociedade para os diferentes problemas ligados à saúde e às condições de vida da população feminina, principalmente no âmbito dos direitos sexuais e reprodutivos. É inegável que existem patologias e sintomas exclusivos das mulheres que obrigam a uma vigilância atenta e sobretudo a uma prevenção redobrada.
As patologias malignas como o cancro do colo do útero, o cancro da mama assim como doenças benignas, mas com um impacto muito importante na qualidade de vida das mulheres como os miomas, a endometriose, as infeções urinarias e vaginais e mais recentemente a depressão, fibromialgia e a obesidade estão entre as principais doenças que afetam o sexo feminino.
Apenas e só para contextualizar um pouco o tema relativamente a Portugal, importa referir alguns dados relativamente à saúde em Portugal. Considerando o triénio que termina em 2019 e relativamente à UE-27 dados publicados pelo INE indicam que:
Apesar das melhorias inegáveis nas condições de vida, na literacia e na mudança que se tem verificado ao longo dos anos mais recentes quanto ao papel da mulher na sociedade, também é inquestionável que se mantêm por resolver algumas questões que condicionam uma desigualdade social relacionada com o gênero. Esse facto verifica-se sobretudo para mulheres em situação económica e social mais vulnerável e para as que pretendem conciliar uma vida familiar plena com uma carreira profissional de sucesso.
A vulnerabilidade feminina face a certas doenças e causas de morte está, muitas vezes, mais relacionada com a situação de desigualdade da mulher na sociedade do que com fatores biológicos.
Tendo como missão principal a promoção da Saúde da Mulher a Sociedade Portuguesa de Ginecologia não podia deixar de assinalar esta data e reforçar o seu compromisso em manter o foco no desenvolvimento das atividades de investigação e educacionais no domínio da Ginecologia para as colocar ao serviço do desenvolvimento da saúde da mulher.
Dra. Margarida Martinho
Secretária Geral da Sociedade Portuguesa de Ginecologia